sábado, 10 de novembro de 2012

O espanto foi banido


Texto brilhante, do Blog do Noblat

"O espanto foi banido". Por Ruy Fabiano 

O ex-presidente Lula, segundo os jornais, teria protagonizado há dias mais um ineditismo: aconselhado a presidente Dilma Roussef a não comparecer à posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

Seria uma retaliação ao comportamento considerado hostil do relator do mensalão aos petistas. Como Lula não a desmentiu, a notícia, embora inimaginável, foi tida por verdadeira.

Felizmente, a presidente, ao que parece, não acatará o conselho - e nem pode: nem o cargo que ocupa, nem o que ocupará o ministro Joaquim Barbosa podem ser contaminados por idiossincrasias de qualquer espécie, em hipótese alguma.

Acima de ambos, há as instituições que presidem. Dilma chefia um Poder, o Executivo, e Barbosa outro, o Judiciário, que, segundo a Constituição, além de independentes, devem ser harmônicos. Em circunstâncias normais, tal informação jamais seria publicada. Morreria nas mãos do diretor de redação, por absurda.

Mas, nos tempos que correm, não apenas é verossímil como acaba sendo publicada com destaque, lida e comentada até com certo tédio. O espanto foi banido da cena política.

O julgamento do mensalão expõe o desprezo institucional com que Lula e o PT se comportam diante de um Poder da República. O que já se declarou sobre a mais alta Corte de Justiça do país, desde o início do julgamento do mensalão, é inacreditável.

O STF já foi acusado de estar a serviço “de uma elite suja”, e de seus ministros estarem jogando para a plateia. Até o televisionamento direto das sessões, antes considerado um gesto de transparência, foi tido por antidemocrático.

O PT confunde partido com governo - e governo com Estado. Lula, quando assumiu a presidência, mandou desenhar na grama do Palácio da Alvorada – um bem público – a figura da estrela do PT e pintá-la de vermelho. Já não era mais um palácio do Brasil, mas de um partido. Essa visão distorcida explica o que ocorre.

No final de setembro, o senador Jorge Viana (AC) ocupou a tribuna do Senado para destilar sua verrina contra o Supremo. Considerou um absurdo que ministros nomeados pelo governo do PT “votassem contra o PT”, como se lá estivessem cumprindo missão partidária. A declaração por inteiro é esta: “Só não vale nossos governos indicarem ministros do Supremo, e eles chegarem lá e votarem contra por pressão da imprensa”, disse ele. Sobrou, como de costume, para os jornais.

Mesmo os réus já condenados tecem considerações críticas sobre a Corte que os condenou, esquecidos de que a condição de condenados, dentro do devido processo legal, lhes retira qualquer autoridade para se manifestar sobre o delito que cometeram. 

Para tanto, dispuseram de advogados, aliás do primeiro time, que expuseram seus argumentos, mas, dentro do rito judiciário, não convenceram. Mesmo assim, estabeleceu-se a inversão dos papéis: os réus passaram a julgar os juízes – e a condená-los. Os exemplos são muitos; vejamos alguns.

José Genoíno diz que seu julgamento não foi isento. Ora, se não foi isento, não há outra hipótese: foi desonesto. Não há meia gravidez. Já José Dirceu escreveu em seu blog que “a sede” do STF em condená-lo “mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência”.

Ora, um tribunal que tem “sede de condenação” é um tribunal injusto – e, portanto, de exceção. Mas não é só: o deputado Paulo Rocha, depois de declarar que “ninguém está negando que houve os empréstimos fraudulentos, os repasses” (e já podia parar por aí), protesta, indignado: “mas não teve compra de votos, foi para pagar conta de campanha.” Ah, bom.

O PT, por sua vez, anunciara que faria uma manifestação pública contra o Supremo. Foi desaconselhado por Lula, mas não por razões institucionais – e sim de ordem pragmática. Poderia não causar boa impressão ou agravar as condenações.

O que preocupa, em tal contexto, é a circulação de outro rumor: de que a próxima nomeação para o STF, na vaga do ministro Ayres Britto, que se aposenta semana que vem, recairia sobre um companheiro, que lá cumpriria missão partidária.

Fala-se no advogado Beto Vasconcelos, de 35 anos, que exerceu o ofício por apenas três anos e cuja maior credencial seria a de ser filho de um ex-companheiro de luta armada da presidente.

Beto pode até ser um gênio, mas não preenche o quesito de “notório saber jurídico”, até porque, até aqui, ninguém o notou, dentro ou fora da comunidade jurídica. Notório saber não é uma abstração: implica reconhecimento público, um caminho já percorrido. Não é notoriamente o caso.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

É cilada, Barbosa!

Do Radar on-line


Joaquim: isca mordida

Joaquim Barbosa, na avaliação da turma que gravita em torno de José Dirceu, mordeu a isca. Ou seja, começou a discutir publicamente com Dirceu, dando um discurso para o mensaleiro. Numa palavra, respondeu a um réu.

Ontem, Barbosa criticou José Dirceu por “comportamento incompatível com a condição de condenado e com o respeito que deveria demonstrar para com órgãos jurisdicionais perante o qual responde por acusações de rara gravidade”.

Hoje, Dirceu reagiu, acusando Barbosa de “puro populismo jurídico”. Agora, o mensaleiro espera que Barbosa reaja novamente.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Menina autora de "diário de classe" tem casa apedrejada em Florianópolis

Da versão online do Jornal o Estado de São Paulo

A casa da estudante Isadora Faber - criadora do 'Diário de Classe', página do Facebook em que ela relata problemas de sua escola e já tem 353 mil seguidores - foi apedrejada ontem à noite. A avó da garota, de 65 anos, foi atingida na cabeça, de acordo com post feito por Isadora na noite desta terça-feira, 6, na rede social. Segundo a aluna, de 13 anos, sua família tem sido vítima de xenofobia. Os pais dela são gaúchos mas moram em Florianópolis há 17 anos.



"Temos casa própria e eu nasci aqui, sou mané (termo utilizado para designar os nativos de Florianópolis) da Carmela Dutra (maternidade da cidade), não iremos sair de nossa casa. Xenofobia é crime e já esta sendo investigado", afirmou Isadora.



Ainda nesta terça a blogueira escreveu outro post em que diz ter sido ameaçada por "Seu Francisco", contratado pela direção para pintar a quadra da Escola Básica Maria Tomázia Coelho, onde Isadora estuda. Segundo ela, "Seu Francisco" recebeu o dinheiro mas não prestou o serviço.



Disse Isadora: "Seu Francisco e seu outro filho foram na escola para buscar sua filhinha, fizeram o maior escândalo comigo e meu pai, cercaram o carro e ele tava querendo briga com meu pai, dizendo que tinha que calar minha boca, que eu só falava besteiras e que nós tínhamos que sair da cidade pois não somos “nativos”. A garota juntou uma turminha para me bater e ele dizia pro meu pai que podia esperar que ia ver, que ele vai pegar meu pai e que vai acabar conosco" (sic).



Revoltada, ela continuou: "Agora, o Seu Francisco, pega o dinheiro adiantado da pintura da quadra, não dá satisfação e não pinta a quadra e ainda se acha no direito de vir me ameaçar e ameaçar o meu pai na saída da escola e ainda se acha com razão. Que justiça é essa? Quem esta errado?" (sic).



O pai de Isadora foi à delegacia prestar queixa. "Disseram que agora se eu ou meu pai cair e nos machucar, já sabem quem procurar. É o mínimo que espero da polícia" (sic).



A blogueira cobra uma resposta da direção da escola. "Gostaria de saber (...) se vai continuar protegendo quem pegou dinheiro e não fez o serviço e agora vai à escola me ameaçar ou vai tomar as medidas mínimas e prestar queixa contra quem prejudicou a escola" (sic).




Ainda segundo Isadora, ela também é ameaçada pela filha do pintor - que estuda na mesma escola. "A direção vai esperar até quando para tomar providências? Todos os dias acontece (intimidações), já falei com a diretora e nada muda."



Isadora diz que empresários da cidade se dispuseram a pagar pela pintura total da quadra, sem custo algum 
para a escola. "Mas e o dinheiro pago ao seu Francisco? Vamos todos dar de presente para ele o dinheiro dos nossos impostos? A diretora vai tirar do bolso dela?"


A reportagem não conseguiu contato com a Secretaria de Educação de Florianópolis depois das 22h30.

Salário dos vereadores de Manaus é reajustado em 61%

Do Jornal Acrítica


Vereadores vão encerrar a legislatura aprovando projeto de reajuste de salários que os 41 eleitos este ano passarão a ter direito a partir de janeiro de 2013 (Euzivaldo Queiroz) 
Os 41 vereadores eleitos de Manaus receberão, a partir de janeiro de 2013, salário bruto de R$ 15 mil. O novo valor corresponde a um reajuste de 61,92% considerando o salário atual, de R$ 9.288,05. 
O artigo 29 da Constituição Federal estabelece as diretrizes que determinam o salário do vereador. Conforme o dispositivo constitucional, os parlamentares só podem aprovar o próprio reajuste salarial a cada quatro anos e só terão direito ao novo valor os vereadores da nova legislatura. 
O novo salário dos vereadores está baseado no aumento concedido aos subsídios dos deputados estaduais no dia 16 de dezembro de 2010. Segundo a Constituição Federal, os vereadores podem receber até 75% do salário dos deputados estaduais.

Opinião 


Quais são as justificativas par ao aumento do salário? A sociedade civil precisa se mobilizar para cobrar a justificativa para o aumento tão grande de um salário que já é alto frente às realizações da CMM nos últimos anos, como a aprovaçào da taxa do lixo, a parovação da zona azul, o reajuste do IPTU...

Então quer dizer que os nossos vereadores adoram reduzir os nossos salários, enquanto que o salário deles é aumentado em 62%? Santa incoerência...

Lei do Nascituro criminaliza quem defende o aborto e cria bolsa-estupro


O Projeto de Lei Número 478/2007, conhecido como a "Lei do Nascituro", que tramita na Câmara dos Deputados e será apreciado na Comissão de Finanças e Tributação hoje (07), é bem polêmico, e traz em seu texto vários pontos que apesar de terem o aval da bancada evangélica representam retrocessos na legislação brasileira, eu explico:

Art. 9º É vedado ao Estado e aos particulares discriminar o nascituro, privando-o da expectativa de algum direito, em razão do sexo, da idade, da etnia, da origem, da deficiência física ou mental ou da probalidade de sobrevida
Art. 10º O nascituro deficiente terá à sua disposição todos os meios terapêuticos e profiláticos existentes para prevenir, reparar ou minimizar sua deficiências, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.

Bem, aqui temos o primeiro equívoco. O Brasil permite o aborto em fetos anencéfalos mesmo que estes permaneçam biologicamente vivos. A ocorrência desse tipo de anormalidade na gravidez chega a 1 entre 10000 nos Estados Unidos, ou seja, é uma ocorrência que não pode ser negada. Se a grávida for obrigada a concluir a gestação de fetos "sem cabeça" que não viverão fora do ventre, imaginem os custos para as famílias, sem falar do prejuízo a futuras gestações?

Art. 13 O nascituro concebido em um ato de violência sexual não sofrerá qualquer discriminação ou restrição de direitos, assegurando-lhe, ainda, os seguintes: 
I – direito prioritário à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico da gestante; 
II – direito a pensão alimentícia equivalente a 1 (um) salário mínimo, até que complete dezoito anos; 
III – direito prioritário à adoção, caso a mãe não queira assumir a criança após o nascimento. 
Parágrafo único. Se for identificado o genitor, será ele o responsável pela pensão alimentícia a que se refere o inciso II deste artigo; se não for identificado, ou se for insolvente, a obrigação recairá sobre o Estado.

Eu não sublinhei nada por que o Artigo inteiro beira o ridículo! Significa que a mulher estuprada ou forçada a  engravidar será forçada também a ter o filho fruto do estupro, prolongando o sentimento e as lembranças do que aconteceu, danos que se tornarão ainda mais longos e permanentes. A lei ainda cria prioridades para o fruto do estupro, praticamente legaliza a prática do estupro criando uma "bolsa-estupro" que joga a responsabilidade por manter a criança para o bolso do contribuinte.

Art. 26 Referir-se ao nascituro com palavras ou expressões manifestamente depreciativas:
Pena – Detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses e multa.

Cuidado, não falem mal do bebê...


Art. 28 Fazer publicamente apologia do aborto ou de quem o praticou, ou incitar publicamente a sua prática:
Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.


Eu sou contra o aborto, por questões religiosas e convicções ideológicas, mas sei que o Brasil não pode pautar todas as suas leis em princípios bíblicos, já que o Brasil é composto por pessoas de infinitas opções religiosas. Quem defende o aborto tem todo o direito de defendê-lo. Criar uma lei que proibe as pessoas de expressar sua opinião é um atentado à democracia e à liberdade de expressão, e vai decretar a prisão de praticamente todas as lideranças feministas do Brasil, mulheres das quais discordo em alguns pontos mas que tem um papel importantíssimo na defesa das mulheres. NENHUMA LEI pode criminalizar mulheres por suas convicções ideológicas, já que do ponto de vista científico não há nenhum embasamento para a lei. 

Sou contra a prisão de pessoas por suas ideias.

Seja Contra


Por isso sou contra essa lei, e peço que quem puder assine a petição para retirar a Lei de pauta: http://estatutonascituronao.fw2.com.br/

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Serafim Correa deverá abandonar de vez o executivo

Do Blog da Floresta


Com 67 anos de idade, o presidente regional do PSB não deve mais disputar eleições majoritárias, a não ser que venha a ser convocado pelo campo da oposicão e se ela estiver unida. Isso porque o PSB já tem uma discussão preliminar de que Serafim Corrêa deve concorrer às próximas eleições como candidato a deputado federal. Economista e um dos principais especialistas em Zona Franca de Manaus, Serafim Corrêa seria muito útil na luta em defesa do modelo econômico amazonense. O mandato de deputado federal também estaria mais adequado a importância da dimensão política do ex-prefeito de Manaus. Nas mesmas eleições concorreriam Marcelo Ramos (reeleição) e os vereadores Elias Emanuel e Marcelo Serafim a um mandato de deputado estadual.

Opinião


Serafim Correa foi, sem nenhuma sombra de dúvidas, o melhor prefeito que Manaus teve nas últimas décadas, mas por atitudes equivocadas contra sua própria equipe e posteriormente na escolha de aliados acabou morrendo politicamente. Serafim se tornou conhecido pela rispidez e pela grosseria com seus funcionários, por isso se isolou e não conseguiu se reeleger. Ao se aliar a Alfredo Nascimento em 2010 Serafim decretou sua morte definitiva para o executivo, chegando já sem forças em 2012 para a disputa da prefeitura.

Serafim é o melhor exemplo de um político muito bom que não soube aproveitar a oportunidade que teve de ser um bom administrador, e consagrou seu fracasso se aliando a políticos ainda piores.

União Nacional dos Estudantes concorda com PT em não punir Dirceu

Da versão online do Jornal Estado de São Paulo


O pedido do ex-ministro José Dirceu para que estudantes fossem às ruas defendê-lo, feito um mês antes de o Supremo Tribunal Federal começar a julgar o processo do mensalão, está fora das prioridades da União Nacional dos Estudantes (UNE). "Não está em nossa pauta realizar qualquer manifestação nesse sentido", disse ao Estado o presidente da entidade, Daniel Iliescu, de 28 anos.

Ex-líder estudantil nos anos 1960, Dirceu fez o pedido em julho, no Rio, ao discursar em congresso da União da Juventude Socialista (UJS), da qual Iliescu faz parte. Ligada ao PC do B, a UJS controla a UNE consecutivamente desde os anos 1990. Embora diga que não há nenhum ato de desagravo na agenda, o presidente da UNE afirma que nem o "mais fragoroso opositor de Dirceu" pode negar o papel que o ex-ministro, hoje condenado por corrupção e formação de quadrilha, teve na luta pela redemocratização.

A UNE planeja algum ato em prol do ex-ministro José Dirceu?

Daniel Iliescu - Como entidade, não está em nossa pauta hoje realizar nenhuma manifestação nesse sentido. Mas nem o mais fragoroso opositor de Dirceu pode negar o papel que ele teve na luta democrática, no movimento estudantil contra a ditadura militar. Isso, no entanto, não o exime dos erros que cometeu, assim como não nos exime de reconhecer o papel que ele teve na história. A gente deve conseguir ter a maturidade e a generosidade de atribuir o tamanho do erro de cada pessoa e também dos seus acertos. O Dirceu é uma figura polêmica, uns amam, outros odeiam. A UNE nem ama nem odeia, mas reivindica respeito por sua história. Não interessa à UNE o achincalhamento ou a crucificação de qualquer pessoa no Brasil.

A entidade chegou a ser procurada pelo ex-ministro?

Daniel Iliescu - A UNE nunca foi abordada por Dirceu como entidade, isso não aconteceu. O que Dirceu pediu (no congresso da UJS), na verdade, foi que houvesse algum contraponto na opinião pública e eu acho que esse contraponto está sendo oferecido. A própria UNE, quando problematiza a politização do julgamento do mensalão do STF, oferece, não individualmente ao Dirceu, mas para o debate democrático no Brasil, esse contraponto que o ex-ministro pediu.

Então, institucionalmente, não haverá manifestações em favor de nenhum condenado?

Daniel Iliescu - Até aqui não surgiu nenhuma opinião de um militante ou de um dirigente da UNE que levasse a uma moção de desagravo, por exemplo. O que não impede que, numa próxima reunião da entidade, alguma pessoa proponha algo nesse sentido. Sempre há essa possibilidade, mas esse não é centro das nossas preocupações como entidade.

Como a UNE avalia o julgamento do mensalão pelo STF?

Daniel Iliescu - O fato de o julgamento ter sido um processo casado com o período eleitoral fez com que houvesse politização do julgamento, o que trouxe prejuízos, pois poucas instituições conseguem levar a cabo suas opiniões com 100% de imparcialidade.

Você acredita que a opinião pública influenciou a decisão dos ministros do Supremo?

Daniel Iliescu - Eu diria que houve uma influência, mas não diria do público, que é um conceito muito amplo. Houve influência de atores da sociedade, atores políticos, atores da mídia.

Essa suposta influência faz a UNE questionar a condenação de Dirceu ou de algum outro membro da base aliada?

Daniel Iliescu - Quem tem competência para condenar ou julgar é o STF e a UNE reconhece esse poder e tem a responsabilidade de respeitar as instituições democráticas. Mas é importante que a gente vá a fundo nesse debate, porque a impressão que tenho é que, para muitos, basta que se identifiquem os culpados e decretem uma pena para o problema estar resolvido. O que me preocupa é essa sanha condenatória, pois o fundamental não é condenar, o fundamental é deixar um legado para a sociedade brasileira. O importante é que o Brasil possa ter um saldo desse episódio para que consiga se prevenir de futuros casos como esse ou ainda piores.

E qual seria esse legado?

Daniel Iliescu - O que é mais importante para a UNE é qual o saldo, quais são as contribuições que esse episódio vai trazer para o Brasil. Eu acredito sinceramente que os crimes que foram identificados e que vão ser agora punidos pelo STF, nesse episódio que se convencionou chamar de mensalão, não é exceção no Brasil. Ele é um episódio de uma prática que é recorrente, que é praticada, eu não diria por todos, porque seria leviano da minha parte, mas por uma boa parte dos partidos políticos, tanto de esquerda quanto de direita, tanto do governo ou de oposição. Então é uma prática recorrente que se utiliza para financiar a atividade política, formar maiorias, financiar campanhas.

Qual a sugestão da entidade nesse sentido?

Daniel Iliescu - Para a UNE não basta julgar um político ou um empresário ou um publicitário. A gente reivindica que, neste momento, o País tenha coragem de pautar o debate sobre quais são as condições estruturais ao combate à corrupção. A primeira é a reforma política com foco no financiamento público de campanha, pois entendemos que hoje o poder econômico tem uma influência sobre as campanhas eleitorais muito desmedido.

Você acredita que a vitória de Fernando Haddad em São Paulo foi uma espécie de absolvição do PT nas urnas?

Daniel Iliescu - Não. Eu acho que a maior parte dos cidadãos conseguiu diferenciar a discussão. O cidadão não usou o mensalão para punir o PT, como esperava a oposição, mas também não acredito que o cidadão se conformou com o mensalão e absolveu o PT. O que o eleitor fez foi debater problemas da cidade, programas de governo, e escolher um candidato. Isso significa que o eleitor está mais crítico e menos suscetível a ser manipulado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mensalão: O dinheiro que não vai voltar

Do Blog da Floresta

A revista Veja destaca que a condenação dos principais mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pulverizou o argumento, amplamente usado por petistas, de que não passavam de “piada de salão” as denúncias de que deputados recebiam mesada para apoiar o recém-eleito governo Lula.

Ao confirmar que 25 réus terão de pagar pelo rosário de crimes do mensalão, alguns deles cumprindo pena atrás das grades, a mais alta corte do país também começou a discutir como devolver aos cofres públicos ao menos uma parte do dinheiro desviado. Essa reparação está prevista em lei, mas as ferramentas para alcançá-la não são das mais eficazes. O caminho para reaver os recursos será árduo e pode terminar em frustração.

Gabarito do ENEM 2012 (Extra-oficial)

A prova foi corrigida por professores da Anglo Vestibulares, de São Paulo:

Clicando sobre os números em amarelo é possível ter acesso à solução

Primeiro dia de provas:

Prova Rosa:

010203040506070809101112131415
CEBDDCDAECEAAAB
1617181920212223242526272829*30
DEBABEEEEEEECB/EB
313233343536373839404142434445
ECACDCDAADABECE
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6162*63646566676869707172737475
AB/EDDABAEBCBAEEA
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PROVA AZUL
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EEECEBCDADCEDAE
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CABEEEABEECACDA
464748495051525354*555657585960
BAEBEEDAB/EDDDABC
616263646566676869707172737475
CBAEEACDCDECEAC
767778798081828384858687888990
BDACCBEBACEEBEB

PROVA AMARELA
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CB/EBECAEAAABDEBC
161718192021222324252627282930
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313233343536373839404142434445
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46474849*5051525354555657585960
CBAB/EDDACEEDABAE
616263646566676869707172737475
BEEAECEACBDDABE
767778798081828384858687888990
BEBBACEBECCCDCD

PROVA BRANCA
010203040506070809101112*131415
AABDEEEEEACB/EBCE
161718192021222324252627282930
BEBDDCCDDAECABE
313233343536373839404142434445
EECDACEADABEECA
464748495051525354555657585960*
EEDABAEBCBAEEAB/E
616263646566676869707172737475
DCDCDCDDABECEEB
767778798081828384858687888990
EBACBBACEDABECC


Segundo dia de provas:


PROVA AZUL (opção inglês) - clique nas questões para ver a resolução
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ADDBBAACAAABAAA
106107108109110111112113114115116117118119120
EBEDEABEDDCEBEE
121122123124125126127128129130131132133134135
ACBCDDBADEDADAD
136137138139140141142143144145146147148149150
DEBDDEDAADEDEAB
151152153154155156157158159160161162163164165
EAEEEEDCCBCABAs/r
166167168169170171172173174175176177178179180
BDBEDBDBDDECDBC
Opção espanhol:

9192939495
ADABC


PROVA CINZA (opção inglês)
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ADDBBAACAEBDDCE
106107108109110111112113114115116117118119120
BEEEDECDABEACBD
121122123124125126127128129130131132133134135
BAAAADEDAABADAD
136137138139140141142143144145146147148149150
EABEEEs/rBDADEDDC
151152153154155156157158159160161162163164165
CBDEBDECDBCAEEB
166167168169170171172173174175176177178179180
EDBDEDADBDDCABA
Opção espanhol:
9192939495
ADACB

PROVA ROSA (opção inglês)
919293949596979899100101102103104105
BDBADAABAACAEBA
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AAEBEEDDCABEEDE
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CDDBAACBADADDED
136137138139140141142143144145146147148149150
DCCBCABAEABEAEE
151152153154155156157158159160161162163164165
EEDEDAADEDs/rBDDE
166167168169170171172173174175176177178179180
BDECDBCBEDBDBDD
Opção espanhol:
9192939495
AADCB

PROVA AMARELA (opção inglês)
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106107108109110111112113114115116117118119120
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121122123124125126127128129130131132133134135
BEACBDBADEDAACA
136137138139140141142143144145146147148149150
ADEDEABEEEDCCBD
151152153154155156157158159160161162163164165
EDAs/rBDCABADEBDA
166167168169170171172173174175176177178179180
EEDBDDECDBCBEDB
Opção espanhol:
9192939495
DAABC