quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Omar chama próprios secretários de vaidosos e preguiçosos em público.

Martha Bernardo, do d24am.com



Manaus - O governador Omar Aziz cobrou, na quarta-feira (8), mais eficiência dos secretários de Estado nomeados por ele. De acordo com o governador, o maior problema da administração pública é a burocracia existente e praticada pelos gestores públicos. A declaração foi feita durante aula inaugural, ministrada por ele, no curso de especialização em Gestão Pública, oferecido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) aos seus servidores.

Na plateia, durante o discurso, estavam secretários como Eron Bezerra (Produção Rural), Graça Prola (Assistência Social), Odenildo Sena (Ciência e Tecnologia), Lúcia Carla Gama (Comunicação), Isper Abrahim (Fazenda) e Nádia Ferreira (Meio Ambiente e Sustentabilidade).

Ao falar sobre como os servidores podem melhorar o serviço prestado pelos órgãos públicos à população, o governador deu como exemplo a não ser seguido a maneira como os seus secretários trabalham. “Muitos deles (secretários) têm uma vaidade acima da média. Eles não conseguem ligar para outro secretário e resolver o problema. Eles precisam enviar um ofício e aguardar algo que poderia ser resolvido rapidamente”, afirmou.

De acordo com Omar, em muitas situações, ele pensa que determinado assunto está resolvido, mas depois de algum tempo, acaba descobrindo que a questão ainda não foi solucionada por conta da burocracia das secretarias.

“Eu às vezes pergunto: E aí, está tudo resolvido? E o secretário me diz que está esperando a resposta de um ofício há 15 dias. Não custa nada pegar o carro e ir conversar com o outro secretário, mas eles não fazem, não conseguem fazer”.

Ele disse, ainda, que normalmente os secretários nunca informam que as suas secretarias passam por problemas, mas estão sempre cobrando mais recursos. Mesmo criticando a atuação de seu secretariado, o governador afirmou que não é fácil encontrar pessoas capacitadas para assumir esse tipo de função, já que a remuneração não é alta e as responsabilidades são grandes.

O governador destacou, também, que outro grande problema do serviço público é a formação de pessoal qualificado, principalmente para ocupar vagas no interior do Amazonas. Segundo ele, nem mesmo os profissionais formados no Amazonas têm interesse em trabalhar no interior quando concluem a graduação.

Omar deu como exemplo a situação dos médicos, que se formam pelas universidades públicas e que não querem trabalhar em outros municípios do Estado. “Não adianta construir um hospital com 40 leitos se não há médicos para trabalhar”. Segundo ele, essa situação deve mudar com a construção da cidade universitária, que vai formar pessoas do interior para que elas retornem às cidades de origem.

Opinião


Ao contrário de muita gente que leu essa matéria eu não vou dizer aqui que Omar está certo, ou errado, até porque como chefe ele tem o direito de criticar a sua equipe e cobrar mudanças, mas não em público, expondo os secretários ao ridículo e nem muito menos nos termos que usou.

Como chefe do executivo, Omar têm a obrigação de cobrar os secretários que ele mesmo indicou, ou que por algum outro motivo ocupam as secretarias, mas vale lembrar que se um chefe constrange um funcionário em público, ele pode ser acionado legalmente por essa atitude, porque seria diferente com o Governador e os secretários?

Porém, se já houve um chamamento e uma cobrança em off, e isso não resolveu o assunto, o melhor que se tem a fazer é chamar alguém com interesse em trabalhar, o chefe do executivo tem o direito de escolher sua equipe, não de expor seus secretários ao constrangimento, enfraquecendo sua equipe e sua imagem de líderança.


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