quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Porque eu não voto em Arthur Neto

Antes de tudo quero que você saiba que eu amo muito Manaus, profundamente, não é um amor qualquer, mas um amor de amigo, de irmão, leal, forte e verdadeiro. 


Amo Manaus não só porque é onde nasci, mas porque aprendi a gostar, seus aromas, seus sabores, suas particularidades, definitivamente, não há lugar melhor do que o nosso lar. 

Essa mesma cidade onde eu nasci e cresci, e onde aprendi tudo o que sei e quem sou, vem sendo cruelmente açoitada por problemas e mais problemas, alguns cruéis, de fácil solução, mas que enfeiam, maltratam e diminuem a beleza da maior cidade da Amazônia, a “cidade-luz”, a cidade onde escolhi viver o meu futuro. 

Por amar Manaus escolhi entrar no mundo da política, por acreditar que quem ama cuida, quem ama deseja ver o objeto de seu amor sempre bem, sempre sorridente, e embora a política esteja sendo usada de forma equivocada pela maioria dos que estão nela, ainda é, na minha opinião, a forma mais direta e eficaz de mudar a realidade da minha cidade. 

Por amar Manaus aprendi a não aceitar que maus governantes não aproveitem as oportunidades que tem de resolver os problemas de minha cidade. 

Também por amar Manaus aprendi que Manaus merece mais, e que aqueles que a governaram anteriormente, tendo se esforçado ou não e eu não quero entrar nesse mérito, não cumpriram com a sua missão de dar a Manaus aquilo que Manaus merece e precisa para e desenvolver e dar a seus habitantes condições plenas de desenvolvimento, liberdade, igualdade e progresso. 

Manaus cresceu e com ela sua arrecadação e suas necessidades. Não da mais pra pensar em uma cidade do tamanho de Manaus que tenha problemas ridículos como o desabastecimento de água, ruas constantemente esburacadas, falta de esgoto e tratamento de efluentes e por fim uma educação de péssima qualidade, fruto de administrações fracas e que administraram para poucos deixando a maior parte da população desassistida. 

Serafim Correa que cuidou de Manaus entre 2005 e 2008 foi para mim o mais próximo do que Manaus precisa de um prefeito. 

Não sei se pela inexperiência, não sei se pelo boicote da imprensa, e dos partidos aliados, Serafim não conseguiu conquistar 50% dos votos necessários para se reeleger, e depois de sucessivas derrotas, dificilmente retornará para o executivo. 

Arthur foi prefeito antes que eu me entendesse por gente, portanto eu não quero e nem posso julgá-lo por isso, falo do que sei e do que vi. 

Infelizmente Arthur conseguiu angariar o apoio, em seu palanque ou por detrás dele, de todos os ex-prefeitos de Manaus que ainda estão vivos, exceto Eduardo Braga que apóia sua adversária. 

Amazonino Mendes, Alfredo Nascimento, Serafim Correa, Carijó e Arthur somam 24 anos de administrações ineficientes na solução dos problemas de nossa cidade, um modelo de administração que muda de cara mas não muda seus resultados. 

Não dá mais pra Manaus “passar lotado” nas oportunidades, passar do lado do desenvolvimento, dizer um “oi” superficial e não passar disso, ficar anos e anos sem ter um relacionamento profundo com ele, está na hora de administradores que consigam fazer “uma de cupido” entre Manaus e o desenvolvimento. 

Arthur traduz o apoio do PDT de Amazonino Mendes e Carijó (8 anos e meio), do PR de Alfredo Nascimento (7 anos e meio), do PSB de Serafim Correa (4 anos) e mais 4 anos de si mesmo. 

Arthur possui um dos melhores discursos entre todos os políticos que eu já vi, um discurso sedutor, que, ao lado do dissimulado Hissa Abrahão, passa a quem ouve a forte impressão de que palavras são mais fortes do que meras palavras. 

Essa forte tentação de acreditar no discurso de Arthur pairou sobre minha mente dias e dias, até que minha consciência me forçou a escrever este texto. 

Sei que um governante é mais do que seus apoios, mas sei também que um governo é maior que seu governante, na verdade, um governo se constrói com os dois, vide Lula: o mensalão está aí para provar que um governante bom não corresponde a um bom governo. Sabe aquele ditado que diz: “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”, pois é, diga-me quem te apóia, e eu te direi mais ou menos como será o teu governo.

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